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Live tira dúvidas sobre o Prêmio Cleodon Silva para fomento à inovação na gestão cultural

As inscrições podem ser realizadas até o dia 7 de outubro no Mapa da Cultura

Com o propósito de estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras na gestão do fomento à cultura no país, foi realizada nesta terça-feira (10), uma live para apresentar o Prêmio Cleodon Silva. O evento, além de marcar o lançamento da iniciativa, sanou dúvidas de empresas, startups, ONGs, instituições de pesquisa, gestores culturais e outras organizações interessadas em inovação e cultura. As inscrições estão abertas até o dia 7 de outubro.

Durante a transmissão, o secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, ressaltou a importância de premiar ações voltadas à cultura digital e destacou que a homenagem a Cleodon Silva é um ato de resistência e reconstrução.

“Estamos reconstruindo as políticas culturais, incluindo a cultura digital no MinC. O mundo digital precisa ser uma ferramenta democratizadora, acessível a todos, que possa transformar o nosso país, além de promover a democracia e disseminar informação. Temos um universo de possibilidades”, disse.

Já Roberta Cristina Martins, secretária dos Comitês de Cultura (SCC) do MinC, abordou a importância de políticas públicas que articulem a retomada do debate sobre a cultura digital.

“A internet precisa ser nossa aliada, articulando soluções e políticas sociais, culturais e de outros mundos. Além disso, observar como uma forma de chegar informações e pensamentos desses grupos”, avaliou.

O encontro foi mediado pela professora e coordenadora do Projeto Qualificação do Ecossistema de Soluções Digitais para a Cultura da UFPR, Deborah Rebello Lima.

“Esses projetos potencializam o fomento à inovação e valorizam as práticas e saberes culturais. Esse prêmio, em especial, nos enche de orgulho. Ele tem uma dimensão pedagógica, uma reivindicação do debate sobre soberania digital e de ampliação da nossa democracia”, enfatizou.

Deborah Rebello também explicou que o prêmio, parceria entre o Ministério da Cultura e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio dos projetos Soluções Digitais para Mapeamento e Gestão Cultural e Laboratório de Cultura Digital (LabCD), contempla duas categorias: Prototipação de Ideia Nova e Prototipação de Melhoramento. Ambas têm o intuito de premiar soluções inovadoras que superem desafios colocados durante a Oficina de Design e Mapeamento de Jornadas, uma ação realizada ao longo de 2024 com a participação de gestores culturais estaduais, profissionais do MinC e usuários do Mapas Culturais.

Na categoria 1, as duas melhores soluções receberão prêmios de R$ 25.000,00 cada. Na categoria 2, serão premiadas seis soluções, sendo duas com R$ 10.000,00 e quatro com R$ 7.500,00 cada.

O prêmio é destinado a pessoas jurídicas que atuam ou desejam atuar no ecossistema de soluções digitais e softwares livres. Entre os participantes, podem se inscrever empresas, startups, ONGs, instituições de pesquisa e outras entidades que desenvolvam soluções digitais para a gestão do fomento à cultura.

A professora Maria Tarcisa Silva Bega, coordenadora do TED: Laboratório de Cultura Digital/UFPR, também participou da live, reforçando a importância de Cleodon Silva, ativista cultural, sindicalista e pensador brasileiro. “Ele foi um militante político, com uma biografia fantástica. Cleodon morreu lutando pelas causas da democracia e pela superação das desigualdades”, destacou.

Inaê Batistoni e Silva, representante do Instituto Lidas e filha de Cleodon, também participou do evento, agradeceu pela homenagem e relembrou o legado de seu pai. “Ele somou na luta pela cultura digital, renovando perspectivas e descobrindo filosofia do software livre e acreditava no poder democratizante da internet”, concluiu.

Sobre Cleodon Silva

Importante ativista cultural, sindicalista e pensador brasileiro. Sua trajetória, marcada pela luta pelos direitos dos trabalhadores e pela defesa da cultura livre, deixou um legado significativo para o país. Foi um grande defensor da cultura livre, acreditando no direito de todos de criar, compartilhar e transformar a cultura digital, acreditando no acesso democrático à informação e na produção cultural independente. Desenvolveu diversos projetos sociais, como a criação de bibliotecas comunitárias, o uso de tecnologias para a organização de comunidades e o desenvolvimento de plataformas digitais de acesso livre à cultura. Deixou um rico legado de luta e esperança. Seu exemplo inspira novas gerações de ativistas e defensores da cultura e da justiça social.

Saiba mais sobre o prêmio clicando aqui.